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Paulo de Oxalá

Livro de William Berger fala das problemáticas indígenas e traz Papiõn nas aldeias do Brasil


Cristiane Santos é filha de um militar carioca e nascida na cidade de Oiapoque no Amapá. Ela ganhou o cognome de Papiõn em 2012, na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, ou Rio+20.


Aos 6 anos, veio morar com os avós paternos no Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro de Laranjeiras, e logo a seguir mudou-se com sua mãe para a Mangueira, onde aproximou-se do mundo do samba.


Cristiane lembra que a Mangueira tornava-se pequena, para as travessuras que ela e seus primos aprontavam:

“A Rua da Pedreira era pequena para nossas artes: pular o muro para o zoológico, as campainhas tocadas, as bombinhas nos canos de esgoto das casas... Sabíamos o que era adrenalina”.


O tempo passou e em 2013, durante um evento no Theatro Municipal do Rio, no decorrer da Jornada Mundial da Juventude, Cristiane defendeu um grupo de índios Pataxós católicos que foram saudar o Papa Francisco.

Detalhes desse acontecimento, bem como outros fatos vivenciados por Cristiane Santos (Papiõn) estão no livro de William Berger: “Índios na cidade do capital - indígenas em contexto urbano na cidade do Rio de Janeiro em tempos de barbárie (2012-2017)”, Gramma Editora, 2018.


William é ator, assistente social com doutorado pela UERJ, autor de diversos artigos em revistas e periódicos sobre populações indígenas e organizador da coletânea "O Espelho do Outro: Teatro do Oprimido com povos comunidades tradicionais”, pela Editora Multifoco, 2016. Essa coletânea retrata a problemática indígena na sociedade brasileira.


O autor, que é sensível às causas sociais e inteligente como bom filho de Yemanjá, foi a campo e conviveu com esses indígenas na Favela da Maré e Catumbi, e até áreas periféricas na cidade do Rio de Janeiro. William também foi a algumas aldeias de origem, como a Pataxó de Barra Velha, no sul da Bahia, mais conhecida como “terra do descobrimento”. Num percurso de 5 anos de sistemático estudo, coletou vários relatos de história de vida de indígenas em contexto urbano, dentre eles, Twry Pataxó, Anápuáka Muniz Tupinambá Hã-hã-hãe e Cristiane Santos (Papiõn).


Tudo isso e muito mais poderá ser apreciado no livro que será lançado, nesta semana, nos seguintes locais:

- Centro de Pesquisa e Documentação do SESC-São Paulo (18/07/2018 das 14 às 17h)

- SESC-Santos (19/07/2018 das 14 às 17h)

- Instituto de Desenvolvimento Ambiental - Pró – Brasil, Rua Pedro Américo, 394, Catete, Rio de Janeiro, em parceria com Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio em Serviço Sociais (CBCISS). - 20/07/2018, às 14:30h.


Simplesmente imperdível para quem aprecia a cultura indígena!


Axé!





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