Exaltando o axé feminino no Dia Internacional da Mulher

Foto: Princesas africanas – IA com matizes de Pai Paulo de Oxalá
Mulheres de fé enfrentaram a intolerância e mantiveram vivo o sagrado
As religiões de matriz africana sempre tiveram nas mulheres suas grandes guardiãs. São elas que preservam os segredos dos Orixás, guiam seus filhos espirituais e mantêm vivos os laços entre o sagrado e a comunidade. Em cada Terreiro, em cada roda de reza, nas bênçãos e na condução dos ritos, o feminino é a base, o equilíbrio e a continuidade.
As matriarcas do Candomblé, da Umbanda e de tantas outras tradições religiosas sempre desempenharam papéis fundamentais. Com sabedoria e coragem, venceram desafios, resistiram às perseguições e ergueram templos sagrados que hoje acolhem milhares de filhos e filhas em busca de espiritualidade e pertencimento.
Vestidas com suas roupas sagradas, as mulheres do axé são símbolos vivos de ancestralidade e renovação. São as Ìyás (mães), Ekedis, Yalorixás, Mães Pequenas, Cambonas, senhoras dos amparos,
das palavras e dos gestos que transformam. Cada uma delas carrega em si a força das ancestrais que vieram antes, e com seu axé, seguem tecendo a história com garra e amor.
Mas o poder feminino não está apenas nos Terreiros. As mulheres têm conquistado espaços na sociedade com luta e determinação. E, apesar dos avanços, ainda enfrentam desafios como desigualdade, preconceito, violência e o feminicídio, que seguem como feridas abertas em nossa sociedade.
Neste Dia Internacional da Mulher, não apenas celebramos, mas reafirmamos a importância da valorização, respeito e proteção de todas as mulheres. Que a luta por igualdade continue, e que cada mulher receba o reconhecimento que lhe é devido, seja nos espaços sagrados ou em qualquer lugar onde sua voz ecoe.
Láàyè àwọn obìnrin! (Viva as mulheres!)
Axé!
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