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O ódio por Luighi é o ódio por nós. Até quando?

Foto do escritor: Paulo de OxaláPaulo de Oxalá

Foto: Luighi do Palmeiras e Terreiro do Caboclo Pena Dourada depredado - divulgação



Racismo e intolerância não são apenas "opiniões"

 

A dor de Luighi, jovem atacante do Palmeiras, ecoa muito além dos gramados. Ao ser vítima de racismo durante a Libertadores Sub-20, expôs, mais uma vez, uma ferida aberta que insiste em não cicatrizar: a intolerância contra corpos negros, sejam eles jogadores de futebol, sacerdotes de religiões de matriz africana ou qualquer outra pessoa que ouse existir e se afirmar em uma sociedade que ainda se nega a reconhecer sua pluralidade.

 

Os ataques sofridos por Luighi não são casos isolados. São manifestações de um preconceito que se disfarça de rivalidade esportiva, mas que na verdade carrega o mesmo peso do racismo estrutural. Ele foi alvo de cusparadas, de insultos, de comparações animalescas — humilhações que não se diferenciam das agressões sofridas diariamente por adeptos das religiões de matriz africana. Nossos terreiros são invadidos, nossos símbolos profanados, nossos sacerdotes agredidos. No futebol, o preconceito se revela nos gritos racistas das arquibancadas; nas ruas, ele se traduz em perseguições e no desrespeito à fé que herdamos de nossos ancestrais.

 

Os cânticos de ódio que ecoam nos estádios não estão distantes dos discursos intolerantes que tentam apagar nossas tradições religiosas. É a mesma raiz do preconceito que nos nega direitos, que tenta nos empurrar para a invisibilidade, que insiste em nos desumanizar. Se Luighi chora pela injustiça cometida contra ele, nós choramos pelos terreiros incendiados, pelos filhos de santo perseguidos, pela intolerância que insiste em se repetir.

 

Não podemos mais aceitar essa realidade. Racismo e intolerância religiosa não são apenas "opiniões" ou "excessos" — são crimes, e precisam ser tratados como tais. As lágrimas de Luighi são as lágrimas de tantos que já foram feridos por esse sistema excludente. Mas que essas lágrimas não sejam em vão. Que se transformem em luta, em denúncia, em mudança.

 

Aqui, reafirmamos nosso compromisso de combate ao racismo e à intolerância religiosa. Não aceitaremos mais sermos silenciados. Exigimos respeito, justiça e punição severa para os que insistem em perpetuar o ódio. Porque, assim como Luighi perguntou, também nos perguntamos: até quando?

 



 
 
 

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Tags: Babalorixá, Simpatia, Búzios, Tarot e numerologia

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