Semana do Natal com a energia de Oxaguian
Foto: Oxaguian e Jesus - arte Pai Paulo de Oxalá
No domínio colonial, antigos africanos associaram Oxaguian com Jesus Cristo
Òṣàlá-Oxalá integra o seleto grupo dos Orixás funfun, aqueles que vestem o branco imaculado e são herdeiros diretos de Olódùmarè (Deus Supremo). Ele é o arquiteto da criação do mundo e dos seres humanos, simbolizando a plenitude e a essência da vida.
Conhecido também como Ọbàtálá (o Senhor do manto branco), esse título evoca a pureza, o respeito profundo e a nobreza de espírito. Oxalá carrega diversos nomes e atributos, entre eles Òṣàgiyán-Oxaguian.
Na narrativa mítica, Oxaguian foi um jovem guerreiro destemido chamado Akinjole, neto do lendário Odùdúwà, e fundador da célebre cidade africana de Èjigbò.
Durante o período do domínio colonial no Brasil, os africanos, enfrentando repressões severas, relacionaram Òṣàlá a Jesus Cristo como forma de proteção e resistência cultural.
O Natal cristão marca o nascimento de Jesus, um símbolo inegável de amor e altruísmo. Para a tradição yorubá, muito antes da missão de Jesus em proteger seu povo das leis ultrapassadas, Òṣàgiyán batalhou para organizar e trazer ordem à cidade de Èjigbò. Essa conexão reflete a essência de ambos: lutar pelo cuidado com o próximo.
Esse exemplo inspirador de amor e solidariedade deve ser o guia constante de nossas vidas.
No Natal, ou Kérésìmésì em yorùbá, o espírito de afeição se intensifica, transbordando nas festividades, onde abraços e votos são partilhados em um clima de harmonia, união e celebração da existência.
E é isso: o Natal é a maior celebração coletiva da humanidade. Com Jesus ou com Oxalá, Natal é afeto! Natal é vida!
Ẹ kú Kérésìmésì sí gbogbo! (Feliz Natal para todos!)
Axé!
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